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A greve de funcionários da Petrobrás continua a todo vapor e já vem ganhando novos contornos, com maiores implicações no cenário político e um impacto crescente nas operações da estatal. A produção de petróleo, gás, e também de derivados, segue sendo afetada, mas os números apresentados pelos dois lados das discussões são divergentes. Enquanto a Petrobrás diz ter conseguido reduzir um pouco a queda na produção a partir da inserção de equipes de contingência nas instalações – plataformas, refinarias, terminais etc –, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma ter ampliado o alcance das paralisações.

De acordo com a estatal, o último dado compilado nesse cenário indicou uma perda de 134 mil barris de petróleo na produção diária, na quarta-feira (4), menos de 6,5% do total produzido pela companhia no país. A previsão para a quinta (5) era de 127 mil barris, também ajudada por equipes de contingência. Nos dias anteriores, o total que deixou de ser produzido ficou em 273 mil barris na segunda (2) e 178 mil barris na terça (3).

“Há casos isolados de ocupação de instalações e controle da produção, sem permissão para que as equipes de contingência atuem”, afirmou a estatal em nota, mas a justiça fixou multa de R$ 50 mil para os sindicatos por cada petroleiro que fosse barrado de atuar no trabalho de contingência.

Enquanto isso, a FUP afirma que os funcionários contratados nessa situação emergente não têm preparo técnico adequado e nem estão em quantidade suficiente para assumir as instalações, alegando que já houve problemas na Recap, onde a unidade de HDT teria parado, impactando em 50% o refino, após o rompimento de uma solda na saída do reator.

“Houve vazamento de uma mistura tóxica, com alto risco de incêndio e explosão, e a unidade teve que ser retirada de operação”, afirmou a Federação, ressaltando ainda que um acidente semelhante teria ocorrido na Lubnor (CE), na quarta-feira (04), quando a linha de hidrocarboneto da Unidade de Vácuo (UVAC) também rompeu durante operação realizada pela equipe de contingência.

O alcance da greve já se estende por quase todo o país, sendo que a FUP calcula apenas na Bacia de Campos um total de 48 plataformas paralisadas, representando 25% do total da produção da Petrobrás no Brasil. Além disso, contabiliza paralisações de plataformas no Espírito Santo, no Rio Grande do Norte, no Ceará e na Bahia. As refinarias afetadas, segundo a federação, são 11: Reman, Clara Camarão, Lubnor, Abreu e Lima, Rlam, Reduc, Regap, Replan, Recap, Repar e Refap.

No entanto, em paralelo à briga com a Petrobrás, existe também uma questão entre os sindicatos, já que a FUP e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), também engajada na greve, divergem há anos sobre as reivindicações. O movimento começou quando houve discordância em relação ao reajuste salarial e os direitos trabalhistas. A exigência era de 18%, mas a estatal ofereceu 8,11%. Porém, a oposição ao plano de venda de ativos da Petrobrás, orçado em US$ 57,7 bilhões até 2019, ganhou mais força e virou a pauta principal dos grevistas. Só que, até o momento, a estatal não se mostrou disposta a fazer qualquer negociação, o que aumenta as chances de a disputa recair sobre o quadro político nacional.

Fonte: http://www.petronoticias.com.br/

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